A inteligência "versus" a condição humana

Em termos do uso da tecnologia, a inteligência média dos atual "homo sapiens" é mais parecida com os macacos, pois a grande maioria das decisões são tomadas pelo nosso inconsciente e aprendemos mais por memorização e até por mimetismos primários.  E sobretudo com o nosso consciente ainda preso ao dos nossos antepassados. Isto é continuamos a executar aquilo a que Richard Dawkins apelidou de "códigos dos mortos".


E tal como já ocorreu com o “homo sapiens” que teve que adaptar e desenvolver o seu cérebro para "reinar" sobre o planeta e assim se distanciar dos seus parentes mais próximos, estaremos também nós à beira de um novo salto qualitativo.  E agora o desafio já não vem de outras espécies, mas apenas e só das máquinas que nós mesmo criamos e estamos a desenvolver na atualidade.
Estamos pois à beira de um novo salto qualitativo na evolução da atual condição humana, já que as tarefas manuais e intelectuais que não exigem criatividade estão cada vez mais ao alcance da máquinas, deixando ao ser humano desenvolver ainda mais aquilo que já hoje nos já o distingue: instinto e criatividade. Aliás a única forma de nos distanciarmos e diferenciarmos do poder e capacitação ao alcance das máquinas ao longo dos próximos 30-50 anos.


Francisco Gonçalves "in" 19 April 2015
( francis.goncalves@gmail.com)

"Provavelmente nós somos das últimas gerações do Homo sapiens. Um bebê nascido hoje ainda terá netos, mas não estou certo que esses netos terão netos, ao menos não humanos. Dentro de um século ou dois, os humanos se tornarão super-humanos ou desaparecerão. De qualquer forma, os seres que dominarão o planeta em 2200 serão mais diferentes de nós do que somos diferentes dos chimpanzés" [ Yuval Harari.]

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