Tudo igual, como nos tempos dos nossos avós e dos seus avós... ou o verdadeiro provincianismo no seu melhor!

Por este blog resolvi passar algumas das indignações expressas por grandes vultos da língua portuguesa, que mais não descrevem o passado, que quando comparado com o presente, apenas nos diz e podemos afirmar com toda a probidade, quer o povo, quer a classe poderosa que nos vem governando no pós 25 de Abril, continuam a agir como nos tempos dos seus avós.. ou quiçá como na idade média.

E se estão deslumbrados poderão só constatar o que um recente juiz lavrou em sentença e passo a citar:  “uma mulher que comete adultério é uma pessoa falsa, hipócrita, desonesta, desleal, fútil, imoral. Enfim, carece de probidade moral”.
“..(..) não surpreende que recorra ao embuste, à farsa, à mentira para esconder a sua deslealdade e isso pode passar pela imputação ao marido ou ao companheiro de maus tratos”.Também aí se socorreu da bíblia: “Assim é o caminho de uma mulher adúltera: ela comeu e esfregou a boca, e disse: "Não cometi nenhum agravo" (Provérbios 30:20). E, ainda, esta do sábio rei Salomão: "Quem comete adultério .. . é falto de boa motivação" (Provérbios 6:32).”.
E até se constatou que esse mesmo juiz já teria efetuado e lavrado outras sentenças da mesma índole, sendo até refratário nestes pequenos deslizes como a fausta magistratura nos quer fazer crer. Mas não foi só este juíz que foi tão longe e basta que consultemos alguns polémicos acórdãos da justiça Portuguesa ao longo dos últimas (já longas décadas) em democracias.
E quase todos incidindo sobre os mais vulneráveis da sociedade, como são as mulheres mais pobres e dependentes, envolvendo muitas de menor idade, as quais são também muitas das vezes mortas, antes que o estado e a justiça façam qualquer coisa, e adequada à respectiva situação.
Pois quer justiça, quer governantes e seu acólitos, por isso poderosos na sociedade portuguesa, representam o poder no formato das suas convições e sempre dispostos a ser "fortes (muito) para com os fracos e fracos (muito mesmo) com os poderosos deste pobre país.
E também (a oeste nada de novo) alguns juízes e governantes estão sempre prontos a desculpabilizar-se e a atirar as culpas para a comunicação social,  como é o caso premente do Juíz Neto de Moura. Em muitas outras ocasiões tal aconteceu também, e nos casos em que há um jornalismo mais sério e comprometido com a verdade, logo é prontamente rechaçado e até calado, ainda que com custos para o estado e os portugueses. Tal é o empenhamento deste governantes  para os quais o poder não tem limitações nem regras de actuação éticas nem morais.
E esta moral a que me refiro não é aquela a que por exemplo o juíz Neto de Moura menciona nos acórdãos que profere. Esta democracia inqualificável,  e que até em minha opinião, considero desde sempre ser mais um instrumento nas mãos dos autoproclamados poderosos deste País,  e que mais se assemelha a uma autocracia pura e dura. E o povo coitado, esse tem memória curta e vive das "esmolas" das poderosos, na sua usal distribuição de "bodo aos pobres", o que não passa de mais uma versão do tão conhecido e praticado desde longas épocas, "pão e circo".
Senão vejamos um país como os EUA, no qual a justiça, em menos de 6 meses acusou, julgou e meteu na prisão e com pena de 150 anos, o génio do mal e mestre na arte de bem manipular a economia de casino mundial, chamado BernardoMadoff.  E ainda nesses seis meses a justiça conseguiu penhorar todos os bens que lhe foi possível a ele e à sua família, a favor dos lesados.
Nós por cá, com os lesados, estes vão ser eventualmente resarcidos através dos nosso gordos impostos, de hoje e das novas gerações. Sim porque este país está hipotecado, pelo menos pelos próximos 100 anos. E isto se alguma coisa for feita até lá, que impeça este lamaçal em que nos lançaram e em quem este povo tem vindo a confiar cegamente, ao contrário da justiça que tem tido os olhos bem abertos......
E em Portugal, o que dizer dos já acusados, e só vou refiro as designadas operações Monte Branco e Marquês, pelas quais, entre muitas outras, este povo foi espoliado até ao osso e o governo da nação colocado na mais abominável falência. Só estes processos, e não esqueço o anterior BPN onde não vejo ninguém preso; após mais de 15 anos, pasmem-se senhores! E tudo isto perante um povo inocente,  que vê a "justiça" que devia punir, este e outros processos, os quais já se alongam criminosamente em mais de 5 anos, e segundo os famigerados prognósticos de advogados e juízes, durará mais de 10 anos. Isto não é justiça, digam o que disserem e invocando as teses da conspiração a que se permitem, quando são "principescamente pagos pelo povo, a peso de ouro".
Uma justiça que tão cara saí aos contribuintes e trabalhadores portugueses, é de facto só por si um crime contra a nação, ademais sempre pronta a condenar os pobres que roubam um pão, e sem qualquer capacidade, e menos autoridade, de meter atrás das grades um único criminoso pertencente a esta autocracia falaciosa, que dita o Portugal de hoje.
Uma democracia onde a justiça, pura e simplesmente não funciona, não só mantêm os cidadãos debaixo da mais odiosa e famigerada governação, como ainda numa absoluta tirania dos ricos e poderosos, sobre a maioria de um povo muito pobre.
E que dizer dos juízes, que à cabeça, das muitas ordens e  desordens existentes, em cada classe do estado, que nós pagamos com "sangue suor e lágrimas", que são os primeiros a ser beneficiados por aumentos e revisão de "carreiras", enquanto os trabalhadores privados  estão com salários congelados de há anos, e tendo mesmo havido redução dos mesmos.
É também esta a justiça e governação dos poderoso de Portugal, e que dizem querer digna de uma democracia de respeito, e que nos têm vindo a impôr e fazer crer ser a "bem do povo" ?
Como tal a governação do País por um estado todo poderoso que institui a "ordem e a justiça" para com os mais desfavorecidos, enquanto uma horda de poderosos se governa a si próprio, sem lei nem grei, não passa hoje, de mais uma versão do Portugal do passado remoto!
É pois este o Portugal que esta gente quer deixar aos seus filhos e netos ? Pois eu não quero, e por isso quero afirmar, que este país está cheio de provincianos (e também parvónios), como bem referiu Fernando Pessoa, entre outros.
O país, esse continuam bem estacado à beira mar (des) plantado e como sempre, desde os nossos avós e seus avós. E ainda nos querem fazer crer (os poderosos deste pobre país) que atraem riqueza e mais inovação, quando  a justiça se encontra sempre em parte incerta, e sobretudo os governantes se entretêm a brincar com os "pobrezinhos" e aos "pobrezinhos", sem capacidade de vislumbrarem sequer a meta da dignidade humana, e muito menos o planeamento a longo prazo do que poderia vir a ser um novo Portugal, no assento com os países mais evoluídos e celebrando a dignidade humana, porque deve nortear-se qualquer democracia, deste ou outro mundo, que se preze.
Ainda sobre justiça, e quando nos enganam com por exemplo os afamados vistos Gold (mais uma magia de esperteza saloia dos nossos queridos governantes) e outras tramóias criminosas, sobretudo ainda não perceberam, que com uma justiça deste tipo e uma governação por um estado que apenas se governa a si e aos seus, deixando de fora o "regime geral", não terão também percebido, nem intuído, que é este último a única fonte de receitas e contribuição penosa para o PIB do país e única riqueza do País.
Tal como não entenderam que a "mão de obra barata" e o salário mínimos do privados ("regime geral"), só fará ainda mais cair o nível de produtividade, e mais digo, só conseguirá atrair capitais de origens pouco ou nada transparentes, que trarão ainda mais escuridão e crime para Portugal ?
E passo a citar um bem sucedido empreendedor (e este é mesmo isso) nos EUA, que já ajudou a criar a PayPal e Linkedin entre outras empresas bem sucedidas nos EUA.
"...(...).. um empreendedor que tenta criar um negócio numa sociedade enferma é como uma semente num vaso que nunca é regado: por mais talentoso que seja esse empreendedor, o negócio nunca poderá florescer."
[Reid Hoffman Co-Fundador do Linkedin]
Deixo-vos desde logo, e para abrir com um texto para novos posts, que no início descrevi e passarei neste blog a publicar com frequência.
Francisco Gonçalves in 20 Nov 2017.
( francis.goncalves@gmail.com )
Hoje cabe-me a honra dar voz a quem já tem voz, mas pouco ou nada lido e menos ainda percebido, cuja temática é exactamente sobre um "país de canalhas"... o nosso Portugal, e também pela nossa culpa, e a de todo um povo crente e desmemoriado.
Um País de Canalhas
" (..)... Pensar Portugal. Nós somos um país de «elites», de indivíduos isolados que de repente se põem a ser gente. Nós somos um país de «heróis» à Carlyle, de excepções, de singularidades, que têm tomado às costas o fardo da nossa história. Nós não temos sequer núcleos de grandes homens. Temos só, de longe em longe, um original que se levanta sobre a canalhada e toma à sua conta os destinos do país. A canalhada cobre-os de insultos e de escárnio, como é da sua condição de canalha. Mas depois de mortos, põe-os ao peito por jactância ou simplesmente ignora que tenham existido. Nós não somos um país de vocações comuns, de consciência comum. A que fomos tendo foi-nos dada por empréstimo dos grandes homens para a ocasião. Os nossos populistas é que dizem que não. Mas foi. A independência foi Afonso Henriques, mas sem patriotismo que ainda não existia. Aljubarrota foi Nuno Álvares. Os descobrimentos foi o Infante, mas porque o negócio era bom. O Iluminismo foi Verney e alguns outros, para ser deles todos só Pombal. O liberalismo foi Mouzinho e a França. A reacção foi Salazar. O comunismo é o Cunhal. Quanto à sarrabulhada é que é uma data deles. Entre os originais e a colectividade há o vazio. O segredo da nossa História está em que o povo não existe. Mas existindo os outros por ele, a História vai-se fazendo mais ou menos a horas. Mas quando ele existe pelos outros, é o caos e o sarrabulho. Não há por aí um original para servir?  " .. (..). (Fim Citação).

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 2'





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