O medo de que o medo acabe !

Ao contrário dos "gurus" de tecnologias e afins por todo o mundo, que se preocupam com o poder que a "inteligência" artificial estará a ter nas sociedades e o suposto medo que eles sugerem estas poderão inspirar ou perigo que poderão gerar, eu porque também penso (assim julgo), tenho é medo (muito medo) dos homens (e mulheres) que se escondem por detrás das máquinas, e pior dos homens que são sempre transformados em máquinas pelos poderes vigentes.

Basta ler um pouco aobre história das sociedades antigas e lembrar tão sómente os mais
recentes holocaustos bem presentes ainda nos nossos dias, como o protagonizado por Hitler e suas máquinas de matar a toda a força, e ainda no séc. anterior o massacre / genocidio do povo arménio, às mãos do império otomano (actual resquicio na Turquia).

Este é o medo que todos devem temer e ao qual, como cidadãos, se deverão opor todos os dias.
E já agora aqui deixo, para os mais novos, que não sabem o que são ditaduras, nem sequer leram sobre história da humanidade, um aviso -

A democracia nunca está garantida, esta tem que ser reinvendicada todos os dias, por cada um de nós.
De outra forma poderemos um dia, talvez tarde de mais, acordar sob a tirania de um qualquer ditador.

Francisco Gonçalves in 12.02.2020

[ francis.goncalves@gmail.com ]

“o mal extremo infiltra-se no mundo quando os cidadãos abandonam o espaço público-político para se refugiarem na segurança e no aconchego dos valores privados; quando aceitam cumprir ordens que desaprovam, lavando daí as mãos; quando desistem de pensar por si mesmos para irem na onda. Existe uma única defesa contra o totalitarismo: saber desobedecer, ousar pensar pela própria cabeça, nunca desistir de si. Não desertar do espaço público, pensar por si mesmo, ousar desobedecer: estas exigências conduzem Hannah Arendt a voltar-se para Sócrates como para alguém de quem a atualidade ainda tem muito que aprender.” [4] in Pensar sem corrimão de Hannah Arendt

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