Uma pequena reflexão - O ser humano e a síndroma do macaco !

Nós todos, seres humanos e também espécie em desenvolvimento contínuo, quando em crianças, aprendemos quase tudo o que somos como adultos, por princípios básicos de mimetismo, embora conjuntamente com código genético que herdámos.

Isto é imitamos os adultos desde que nascemos (em tudo) e na escola começamos também a aprender por imitação.

Na escola nunca lhe perguntam o que você sabe ou pensa, mas sim como você deve pensar e porque o deve fazer assim.

Portanto você sai da escola em adulto pronto a ser um perfeito "papagaio" e a mimetizar e continuar a aprender por mimetismos primários! A este comportamento, que acabamos por convenientemente adoptar, e inconscientemente ao crescermos até nos tornar adultos, eu chamo de a "síndrome do macaco ". 

E você como vai saber usar os seus circuitos lógicos se agora já sabe que os mimetismos primários e o agradar ao próximo lhe garante só por si o sucesso, e sem sequer se aborrecer ???

... ou pelo menos tal era garantido até aos nossos tempos de hoje!! Será que vale apenas apostar em mudar-se a si próprio??

Francisco Gonçalves (2012)
Francis.Goncalves@Gmail.com

"Somos macacos com dinheiro e armas."
[Tom Waits]

E já agora uma pequena história para ilustrar esta triste situação em que a humanidade insiste em se perpetuar como num lodaçal sem fim à vista:


A horda dos macacos afogados

Havia uma densa floresta perto da costa marítima, onde 500 macacos viviam. Um dia, altas ondas brancas, parecendo montanhas de neve, surgiram na superfície do mar.
Encantados, os macacos disseram uns para os outros:
-Vamos subir no topo destas montanhas e vamos nos divertir contemplando o mundo.
Um deles não perdeu tempo em saltar nas ondas e imediatamente foi tragado para o fundo do mar.
Quando os outros macacos que observavam da costa viram o seu desaparecimento, pensaram que o interior da montanha de bolhas devia ser muito confortável, e revalidando-se em pular primeiro nas ondas, um pôr um foram se afogando no mar.
O Buda Sakyamuni contou esta parábola quando pregava o Budismo no Pico da Águia, na antiga Índia, para mostrar como os seres humanos são facilmente atraídos para coisas que parecem tesouros. Se despendermos todo o nosso tempo atrás de coisas grandes e bonitas, então, como os tolos macacos, nossas vidas tornar-se-ão vazias e infelizes.
Daisaku Ikeda orienta que os reais tesouros da vida são simples. Coisas do dia a dia como: amizade, paciência, preocupação pela felicidade dos outros e gratidão.

Nitiren Daishonin chama isto de tesouro do coração.


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