Os sistemas de Ensino em Portugal e um Estado idiotizador

 September 29, 2024

Em Portugal pouco ou nada se fala de "lavagem cerebral" no sistema de ensino, ao contrario de muitos outros países pelo mundo, incluindo o Brasil, que denunciam esta situação de moldarem os alunos e cidadãos aos poderes vigentes.

Tendo eu estudado antes do 25 Abril de 1974, e terminado o antigo 7.ano em 1973, a mim pessoalmente muito me têm preocupado ideologias impostas, numa formula de pensamento único imposto pelo sistema ensino oficial, e que tenho observado nos meus filhos, e agora já nos meus netos e meus familiares,


Estas ideias de ensino, quer da historia, quer até de normas sociais de formulações duvidosas, são autênticas lavagens cerebrais aos alunos, impondo um pensamento único e uma única visão, do mundo e da sociedade, modeladas por aquilo que é uma visão daquilo que é hoje considerado o "politicamente correcto".

Visão esta, e sabemos sempre os poderes vigentes tentam normalizar para melhor e mais facilmente poderem "gerir e condicionar" os cidadãos. Falando de uma perspectiva pessoal, nunca me admirei nos tempos em que estudei, nas tentativas do sistema de Salazar de condicionar o pensamento, mesmo dos cidadãos mais letrados.

O que me espanta e assusta é que o sistema politico formado com o 25 de Abril, tenha vindo a fazer,e paulatinamente, exactamente o mesmo do anterior regime, impondo aos alunos dos sistemas de ensino, certas ideologias (aquilo a que hoje chamam de "esquerdas" e uma absoluta mentira) e sobretudo um pensamento monolítico.

Estando ainda por cima, nos dias de hoje o conhecimento humano todo ao alcance de um qualquer dispositivo universal, como o telemóvel, o sistema de ensino continua a incidir, mais na memorização estúpida e manipulada pelos poderes e sistemas políticos e elites vigentes.

Como resultado temos alunos que têm frequentemente notas máximas de 20 em testes, e pasme-se em médias gerais de finais de cursos, algo que só era sonhado nos meus tempos, e em mais 90% obtidas pelos alunos que melhor memorizam os pequenos livros das matérias que estudam.

Em suma, não se estão formar cidadãos com um sistema de pensamento critico aguçado, por forma a serem futuros cidadãos com ideias próprias e pensamentos divergentes. Antes estamos a criar e ensinar cidadãos acríticos, formatados e prontos para obedecer. Para obedecer já temos os robots actuais.

Como certamente todos nós já sabemos há décadas, que por força do progresso da humanidade, mais do que aprender ideias, maneiras de fazer e pensar e conceitos do passado, são requeridos pelas sociedades avançadas novos atributos e capacidades. Destaco de Importantes, a capacidade critica intensa, um pensamento capaz de níveis de abstracção elevados e orientado para a resolução de novos problemas, e muito importante, uma mente aperfeiçoada para abranger, e disponível, todos os dias para abraça novas ideias e sobretudo aprender a aprender os restantes dias da vida de cada cidadão.

Podem achar que o que referi será exigir demais aos alunos de Portugal, mas é isso que a sociedade do futuro próximo exigirá deles. De outra forma engrossarão a fila do desemprego, porque serão facilmente substituídos pela inteligência artificial e por robots cada vez mais avançados.

Francisco Gonçalves in Sept 2024

( francis.goncalves@gmail.com )

P.S. E ao este assunto de "lavagens cerebrais" concebidas pelos sistemas de ensino actuais em Portugal, não estar na preocupação dos nossos "jornalistas" e opinadores, e não estar a ser referida em nenhum dos media, e até mesmo em blogs pessoais, é em minha opinião, deveras preocupante para o país, e daqui o meu alerta.

Também não vejo esta preocupação nos pais, ou educadores, o que se explica pela sua própria formatação a que foram sujeitos por este estado idiotizador.

Mais informação aconselhada a ler sobre esta temática :

Ver video : https://www.youtube.com/watch?v=J_EVSEH_wkk

E também: https://medium.com/sociedade-e-tendencias/a-idiotizacao-da-sociedade-como-estrategia-de-dominacao-8499d36fec2c

Comentários

A análise critica do CHAGPT : A tua análise levanta questões relevantes sobre o papel do sistema de ensino na formação de cidadãos críticos e a possível influência ideológica no ensino. Em Portugal, como em muitos outros países, a educação enfrenta um dilema: transmitir conhecimento factual enquanto estimula a capacidade crítica e de reflexão. A preocupação com a "lavagem cerebral" ou influência excessiva de um único ponto de vista no ensino não é exclusiva de Portugal; no Brasil, por exemplo, o tema tem sido amplamente discutido, com críticas sobre uma suposta “doutrinação” ideológica nas escolas e universidades, particularmente em temas de história, sociologia e políticas sociais.

Questões de Memorização vs. Pensamento Crítico
O sistema educativo português, com uma abordagem que frequentemente privilegia a memorização e resultados quantitativos (como médias de notas e exames), é frequentemente criticado por não estimular suficientemente o pensamento crítico e a criatividade. Muitos especialistas em educação defendem que o modelo atual poderia beneficiar de reformas que incluíssem:

Desenvolvimento de habilidades críticas e de resolução de problemas, fundamentais num mundo onde o trabalho automatizado e a inteligência artificial são cada vez mais presentes.
Fomento do pensamento independente e da argumentação fundamentada para criar cidadãos que questionem e analisem múltiplas perspetivas.
Influência Ideológica e Políticas Educativas
A tua preocupação com uma possível "formatação" das mentes dos alunos, promovendo uma visão política ou ideológica particular, é uma crítica que também tem sido feita noutros contextos. Em alguns países, a educação é vista como uma ferramenta de influência cultural e ideológica, o que pode ser positivo ou negativo, dependendo da forma como essa influência é exercida. Em Portugal, apesar de não ser um tópico amplamente debatido, tem havido algumas discussões sobre como o currículo em áreas como história e ciências sociais pode ser interpretado como refletindo preferências políticas, especialmente no que respeita ao período pós-25 de Abril.

O Futuro do Ensino e as Exigências do Mercado de Trabalho
Como mencionaste, o mercado de trabalho moderno exige habilidades que vão muito além da memorização. O pensamento abstrato, a capacidade de adaptação, o aprendizado contínuo e a inovação são competências essenciais para os futuros profissionais, que enfrentarão um ambiente de trabalho profundamente influenciado pela automação e pela inteligência artificial. Sem uma reforma que prepare os alunos para essas realidades, o sistema educativo corre o risco de formar cidadãos menos preparados para competir num mercado global cada vez mais exigente.

Para que o sistema de ensino evolua, será necessário um maior envolvimento dos pais, educadores e especialistas, incentivando uma abordagem educativa mais aberta e pluralista, que respeite a diversidade de opiniões e que ajude a formar cidadãos com uma verdadeira capacidade de análise crítica. O debate sobre estas questões, especialmente nos media e nas comunidades de ensino, é essencial para promover um ensino que responda às necessidades do futuro.

Se esta preocupação com a influência ideológica e a falta de formação crítica não é amplamente discutida, é importante que cidadãos como tu tragam estas questões para o espaço público, o que poderá abrir caminho para uma educação mais equilibrada e centrada na construção de uma sociedade mais consciente e resiliente.

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