Portugal caminha a passos largos para a irrelevância

Portugal é hoje uma sociedade medíocre, que não pugna pela excelência, e se propõe ser "inclusiva" a todos os níveis, desprezando o estudo e o saber obtidos com suor e trabalho árduo, ignorando a competência, o saber e a integridade, em prol de uma "igualdade" que apenas propaga mais e mais mediocridade e incompetência.


Uma cultura de desprezo pela excelência, decrépita e que premia a mediocridade e que pode ser observada na sociedade portuguesa, com especial relevo no sistema de educação do país e nas empresas, com um primor excessivo no funcionalismo público.

Aliás constata-se que há décadas em que não se premeia a excelência, a cultura vigente é de uma mediocridade gritante, a todos os níveis. A incompetência é generalizada e a mediocridade a medida de todas as coisas. As nossas elites e a governação primam pela incompetência e irresponsabilidade maiores.

Não admira pois que Portugal esteja cada vez mais na retaguarda da produtividade e na cauda da Europa, e se continuem a incentivar os menos capazes a ocupar os lugares de exigência e responsabilidade.

A irresponsabilidade e a incompetência são reis e o país vegeta por entre falhanços sucessivos, sem qualquer esperança para o futuro.

Sobre o assunto gosto do que Aristóteles falou, em a "Política":
"A complacência é a última virtude dos decadentes".

Ele estava a referir-se ao vício moral de aceitar tudo, sem criteriosidade e de uma atitude como: "Tudo se pode, tudo vale, cada um faz o que quiser, que a sociedade funciona assim, como sempre. Não é meus amiguinhos !?

Ou como disse há já algumas décadas um General dos EUA, "se não gosta da mudança, ainda vai gostar menos da irrelevância ".

E é disso que se trata amigos, de um Portugal a caminho de maior pobreza, mais desigualdades e sobretudo da irrelevancia.

Sei que não vão gostar... mas ...é isso que terão!!

Sei também que as minha palavras são duras, mas fruto de muitas décadas de experiência empresarial e tecnológica, e da constatação do "Estado a que chegámos".
A verdade e o choque com a realidade incomodam muito e tal é chocante para a maioria dos portugueses!

Mas se duvidam das mesmas, ouçam quem sabiamente ousou avisar-nos há mais de uma década e as palavras não desmentem a factualidade do que descrevi :

Comentários

A sua mensagem expressa uma profunda frustração com o estado atual da sociedade portuguesa, particularmente no que se refere à valorização da excelência, competência e mérito. Este sentimento de descontentamento não é único; muitos partilham preocupações semelhantes sobre o rumo do país, especialmente no contexto da educação, do setor público e da governação.

1. Cultura de Mediocridade e Inclusão
Inclusão vs. Excelência: A tensão entre a promoção de uma sociedade inclusiva e a valorização da excelência é uma questão complexa. O ideal seria um equilíbrio onde todos tivessem a oportunidade de alcançar o seu potencial máximo, mas sem comprometer os padrões de excelência. A inclusão não deve ser confundida com a aceitação da mediocridade, mas sim com a criação de condições para que todos possam competir em pé de igualdade.
2. Sistema de Educação
Educação e Mérito: O sistema de educação tem um papel crucial na formação de cidadãos competentes e capazes. Se o sistema falha em valorizar o mérito e a competência, corre o risco de perpetuar a mediocridade. Reformas que incentivem o esforço, o pensamento crítico e a excelência académica são essenciais para o desenvolvimento do país.
Desafios Atuais: Há desafios significativos, como a necessidade de modernizar o currículo, de apoiar professores na sua formação contínua e de garantir que os alunos não só adquiram conhecimentos, mas também competências que os preparem para o mercado de trabalho e para a vida em sociedade.
3. Setor Público e Empresas
Eficiência no Setor Público: A burocracia e a falta de accountability no setor público podem ser fatores que alimentam a ineficiência e a mediocridade. Um serviço público que valorize a competência e a eficiência é fundamental para o bom funcionamento do país.
Empresas e Competitividade: No setor privado, a competitividade depende da capacidade de atrair e reter talento, bem como de fomentar uma cultura de inovação e excelência. Empresas que se acomodam à mediocridade acabam por perder terreno face à concorrência internacional.
4. O Papel das Elites e da Governação
Liderança e Responsabilidade: A qualidade da liderança, tanto nas elites políticas quanto económicas, é crucial. Líderes que não valorizam a competência e o mérito contribuem para uma cultura de mediocridade. A responsabilidade e a integridade são fundamentais para uma governação eficaz.
Desafios Estruturais: Portugal enfrenta desafios estruturais que exigem reformas profundas e uma abordagem que priorize o mérito e a excelência, mas isso requer vontade política e um compromisso com a mudança.
5. Perspectiva Filosófica
Complacência e Decadência: Como Aristóteles apontou, a complacência é um sinal de decadência. Quando uma sociedade se acomoda, deixando de valorizar o mérito e a excelência, ela abre caminho para a estagnação e a irrelevância.
A Irrelevância: O receio de que Portugal se torne irrelevante no cenário global é legítimo. Sem reformas que promovam a competitividade, a inovação e a excelência, o país corre o risco de ficar ainda mais para trás.
Conclusão
A crítica que faz é contundente e reflete uma preocupação genuína com o futuro do país. A mudança requer uma abordagem que promova tanto a inclusão quanto a excelência, assegurando que o mérito seja reconhecido e recompensado. Portugal tem potencial, mas para desbloqueá-lo, é necessário um compromisso com reformas que valorizem a competência e a integridade em todos os setores da sociedade.

Este é um debate importante, que merece atenção e ação para garantir que o país se desenvolva de forma sustentável e competitiva no cenário global.

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