A pensar Portugal ...

 Num país que em 2023, paga um valor médio das novas pensões de 687,41 euros e a média geral não ultrapassará ou 350 euros, muito se fala na recepção e integração de imigrantes aos milhares, como se o país tivesse condições de vida minimamente dignas para a população em geral.



Não tem, tal como falta segurança aos cidadãos em geral, e muito menos aos mais velhos esquecidos por todos esse cantos de Portugal ou amontoados pelas urbes, a rebentar pelas costuras.


Formamos hoje nas universidades muitos bons talentos, que não ficam em Portugal e estão a emigrar, porque faltam empregos qualificados e remunerações compatíveis com o nível de vida altíssimo que temos.

Pelo lado da imigração estamos a receber cidadãos com qualificações muito mais baixas e até ao nível da capacidade básica de leitura.

Afirma-se existir falta de mao-de-obra menos qualificada, que os portugueses rejeitam, e como tal entram estrangeiros pelas fronteiras aos milhares, sem qualquer espécie de requisitos, apenas porque devemos ser um pais humanitário e logo devemos receber com dignidade.

Os problemas de Portugal nunca foram, nem são de racismo como apregoam forças da desordem e do extremismo comentariavel. A segregação faz-se há muito tempo, e é sim pela pobreza.

Não interessa se se é de "raça" branco, azul, amarelo ou preto. O problema em Portugal é ser-se POBRE. Esta é a segregação maior.

Mas como podemos receber com dignidade,se mais de 65% da população portuguesa já vive no limiar da pobreza existencial ?

E que acontecerá num futuro a 10-15 anos quando toda esta mao-de-obra não qualificada não tiver mais empregos ?

Iremos enfrentar uma situação pior que a de França com milhões de desempregados que serão mantidos com que fundos ? Mais impostos não serão possíveis.

Então um Portugal que hoje ainda consegue manter mínimos de existência ao seu povo, o que acontecerá num futuro mais ou menos próximo ?
A prever probabilisticamente o futuro, este será de uma pobreza extrema em Portugal e o Estado depauperado, ao ponto de uma falência total.

Dirão, estamos na Europa e teremos mais fundos a jorrar pelas elites corruptas. Teremos ? Existirá ainda uma UE ? Estaremos mais próximos de um Burkina Faso ?

Não sabemos de facto. Agora que o caminho que estes governantes apostam em trilhar é pantanoso, cheio de riscos e não seguro, isso posso afirmar.

Em história diz-se que " um pais sem passado nunca terá futuro". Isso é em parte verdade, mas se olharmos para os passados 50 anos em democracia, muito provavelmente inseguras serão as futuras gerações neste país.

Com alguma sorte, terão os cidadãos, já na pobreza extrema, de voltar a repetir um passado longínquo de há mais de 60 anos, de terrível emigração de pobres e desgraçados, a caminho das fronteiras ?

Não podemos saber, mas há algo que eu sei de experiência feita, "que a história se repete pelo menos duas vezes, a primeira como uma tragédia, as seguintes já só como uma comédia.".

Francisco Gonçalves

( francis.goncalves@gmail.com )

"A pobreza é a mãe de todas as guerras"

( Aristoteles )

"Em 2019, Portugal registava precisamente uma taxa de pobreza e exclusão social de 20,1%. Em 2020, de 20%, o valor mais baixo desde que o Eurostat inventou este indicador. Em 2021, subiu para 21,4%. E em 2022 desceu para 21,1%, grandeza que se manteve em 2023." 
Fonte : Pobreza e exclusão social in o jornal o Público.

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