A eminente queda das democracias ocidentais.

 A eminente queda das civilizações ocidentais.


As democracias pelo mundo, e especialmente pela Europa e EUA, parecem estar a viver momentos de grandes fragilidades, que julgávamos em pleno séc xx, não serem possíveis no século seguinte.


Há variadas razões para este momento difícil que as democracias enfrentam, mas há um que em minha opinião, e por vida vivida, observo e que gostaria de abordar.



Os problemas das democracias já começaram nos últimos anos do século xx.

Os sistemas educativos destas democracias já soçobraram há pelo menos 3 décadas.


E é aqui que radica o problema das democracias.

Os sistemas de ensino ocidentais, tornaram-se cada vez menos exigentes, as matérias cada vez mais sumarizadas, a leitura quase inexistente e principalmente a adequada formação humanitária, isto com alguma profundidade em domínios como a filosofia, sociologia e psicologia.


E se reflectirmos adequadamente sobre apenas o pilar mais fundamental de uma democracia, a justiça, atrevo-me a afirmar que hoje os actores que chegam à dita justiça, podem ter sido muito bons a memorizar leis e a argumentar sobre as mesmas.


Mas falta-lhes algo que é uma formação superior em humanidades, que desde logo faz derivar a aplicação da justiça com dúbias formatações, pouco esclarecidas do ponto de vista humano e de etimologia do ser. Isto para não falar de princípios determinantes de ética e moral.


Para melhor se perceber a importância destes domínios recomendo, para começar, a leitura de um clássico "A ética a Nicomaco" de Aristóteles.


Tendo pois entrado em colapso o pilar justiça, por força das circunstâncias atrás enunciadas e que são a sua essência e muitas outras como o mercantilismo e a corrupção, entre outras, a democracia desde logo começou a entrar numa perigosa deriva.


Como tal estão a ficar as democracias cada vez mais fracas, e nas mãos do outro poder, o executivo, nas mãos de políticos de formação ainda muito mais duvidosa, que têm vindo a conduzir os países para autênticos "becos sem saída".


Senão vejamos o estado de colapso a que toda a Europa está a ser sujeita e na eminência mesmo de muito graves quedas, nas mãos de forças mesmo muito extremistas. Para ilustrar o que venho afirmando basta citar-vos o que se passou há semanas nos EUA.


Como bem sabemos, pelo estudo da historia das civilizações, onde os extremismos nos conduzem, facilmente se perceberá o futuro negro que eventualmente se aproxima.


A esperança de salvação desta nossa civilização está hoje nas mãos de eventuais forças vivas das nações, que possam vir a ter a coragem de intervir e a parar estas derivas totalitárias nas mãos, não de um, mas de muitos extremismos de todas as cores.


Francisco Gonçalves


Cidadania activa e interventiva precisa-se.


14 Nov 2024


A este propósito recomendo a leitura atenta de :


1) A estranha morte da Europa


2) "Porque falham as nações", de um dos economistas que


recebeu o prémio Nobel de economia este ano.

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