Portugal e as celebrações dos partidos deste sistema de democracia
Os partidos políticos, nascidos de Abril de 1974, constituíram-se em autênticos monopólios e donos da democracia. Decorridos mais de 50 anos, os partidos continuam a fazer discursos redondos, sem qualquer significativo para a grande maioria do povo português.
A sociedade civil em Portugal está amordaçada. Sim, amordaçada porque não tem espaço de liberdade, fora do sistema de partidos. Eles são os donos e senhores da política e o actual cenário de falhanços desta democracia, recorda-me os tempos de Salazar em que "veja lá, siga a sua vida e não se meta em política".
Hoje Portugal é um dos países mais desigual da Europa. E a cada crise,
os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres. Os salários são miseráveis, a vida da maioria dos portugueses é insuportável, tal como os impostos elevados e injustos.
Os partidos estão cada vez mais distantes do povo, que constitui a nação portuguesa. Só já as elites desta suposta democracia suportam este sistema perverso de demagogia, em que se entendem bem os de "esquerda" e "direita". Entendem-se e alimentam-se do erário publico,como se não houvesse amanhã,e o país virou um gigantesco antro de corrupção.
Corrupção essa que é dominada pelos partidos políticos, da "esquerda" à "direita". Este sistema tudo domina, desde as empresas públicas às privadas. E para confirmar tal basta atentar às empresas publicas, em que os políticos (todos) se aninham na administração das mesmas, servindo e servindo-se em nome do poder do Estado, centro de poder abjecto.
Não há politico, na reforma ou não, que não tenha acumulado
simultâneamente 10 ou mais cargos, em empresas públicas e/ou privadas. E também sempre contratados para realizarem "auditorias" e outras inutilidades do género, sempre pagas principescamente.
Acabaram com a classe média, que em qualquer democracia é sinal de vitalidade e serve de contra-poder às elites de um qualquer sistema de poder. À inexistência daquela e a sociedade civil fora dos partidos completamente extinta, sobra uma elite voraz de corrupção, que assim se serve deste vazio, e com os partidos se junta ao saque perpetuado da "coisa pública", ano após ano. E é indiferente se é a "esquerda" ou a "direita" que está no poder. A governação é sempre mais do mesmo, por entre corrupção e nepotismo sem fim.
Os portugueses sempre vão recebendo umas migalhas, que são sempre contrabalançadas por mais e mais impostos directos e indirectos. Falar-se hoje em Portugal de "democracia", é falar da enorme corrupção que varre a nação e a cada ano deixa Portugal mais pobre e no fundo da tabela dos países da Europa.
Concluindo, vive o povo português refém de um sistema de partidos corruptos, amorais e que cada vez mais não significam nada para o povo. Vivem e existem para se enriquecerem uns aos outros, e aos seus muitos amigos, de uma elite corrupta e imprestável.
Para Portugal ainda ter futuro é preciso cidadania responsável, que derrote este
sistema partidário e o substitua por movimentos de cidadania independentes, tal
como o fez o povo da Islândia, e outros, aquando das crises da dívida soberana de 2008.
E sobretudo em Portugal, “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”
Termino com as palavras de "Aquele que na hora da vitória respeitou o vencido \ Aquele que deu tudo e não pediu a paga \ Aquele que na hora
da ganância \ Perdeu o apetite ..(..)" :
"Este é o Estado a que chegámos, e a que importa por cobro.".
Francisco Gonçalves
25 Nov 2024
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