Porque Portugal ao fim de 50 anos e de muitas tentativas, nunca conseguiu uma verdadeira cooperação entre as universidade e alo tecido empresarial?

A dificuldade de Portugal em estabelecer uma cooperação eficaz entre as universidades e o tecido empresarial ao longo dos últimos 50 anos pode ser explicada por diversos fatores estruturais, culturais e económicos, que interagem de forma complexa. Aqui estão algumas razões principais:

1. Desconexão de Objetivos

Universidades: Tradicionalmente focadas em ensino e investigação científica básica, muitas vezes distantes das necessidades práticas das empresas.

Empresas: Frequentemente orientadas para resultados imediatos e pouco dispostas a investir em projetos de longo prazo que envolvem risco, como a investigação e desenvolvimento (I&D).


2. Falta de Cultura de Inovação

Portugal tem um histórico de dependência de setores de baixo valor acrescentado, como o turismo e a construção, o que reduz o incentivo à inovação tecnológica e científica.

A cultura empresarial portuguesa tende a ser conservadora e avessa ao risco, limitando a abertura para investir em colaborações inovadoras com universidades.


3. Infraestruturas e Financiamento Insuficientes

Os investimentos em I&D em Portugal, embora tenham crescido, ainda são limitados em comparação com outros países da União Europeia.

As empresas, em grande parte compostas por PMEs, enfrentam dificuldades financeiras e falta de incentivos fiscais robustos para projetos conjuntos com universidades.


4. Burocracia e Descoordenação

Os processos administrativos para estabelecer parcerias são muitas vezes burocráticos e pouco flexíveis, desmotivando tanto empresas quanto universidades.

Falta de mecanismos eficientes para intermediar a comunicação e alinhar interesses entre os dois setores.


5. Falta de Pessoal Qualificado nas Empresas

Muitas empresas portuguesas carecem de quadros técnicos e de gestão com formação avançada, dificultando o entendimento e a valorização do potencial das parcerias com universidades.


6. Percepção de Desigualdade de Benefícios

As empresas muitas vezes veem as universidades como beneficiárias exclusivas dos projetos, recebendo subsídios e prestígio académico, enquanto os riscos e custos recaem sobre o setor empresarial.


7. Iniciativas Insuficientes de Políticas Públicas

Apesar de algumas iniciativas governamentais (como o programa COMPETE e o Portugal 2020), a implementação e os incentivos reais muitas vezes não têm continuidade ou não chegam a impactar empresas menores.

Falta de estratégia nacional clara e de longo prazo para alinhar o ensino superior, a investigação e a economia.


8. Exemplo Internacional Limitado

Países como Alemanha ou Suécia têm uma longa tradição de cooperação entre universidades e empresas, impulsionada por indústrias tecnologicamente avançadas. Portugal não conseguiu replicar esses modelos, em parte por diferenças culturais e pela falta de um setor industrial forte.

Para superar essas barreiras, é necessário um esforço conjunto de transformação cultural, incentivos estruturais mais fortes, financiamento direcionado e, principalmente, uma visão estratégica clara que integre os objetivos académicos e empresariais.

Fonte : ChatGPT 2024

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