Estaremos perante o colapso eminente da civilização Ocidental ?

Decorridas muitas décadas de vida, começo a perceber a tendência da civilização Ocidental para o desaire e a sua aniquilação. 


Apesar dos enormes progressos que atingimos a todos os níveis, as nossas democracias têm uma tendência natural para a mediocridade e em nomearem para lugares de topo, autênticos incompetentes e mesmo os piores, de entre a mediocridade incrustada nas sociedades actuais.

Senão olhemos para o tipo de leaders que temos na UE e seus países integrantes, e mesmo os EUA, em que o povo está quase sempre 'dispostinho' a eleger um psicopata e crápula maior como o Trump. E isto sem sequer que uma réstia de reflexão seja possível, individual e/ou colectivamente.

Também os cidadãos estão ausentes destas democracias, só sobrando povo e a mais completa ausência de bom senso ou a mínima capacidade de pensar criticamente. Sobram soluções e decisões tomadas quase sempre regidas pela pura e dura emoção e pelos sentimentos básicos da nossa condição humana.

E assim os povos continuam a reagir, como um colectivo próximo de um rebanho, a caminho do matadouro.

Que o futuro nos pode assegurar este tipo de gente medíocre, medrosa e incompetente ?

E para quando um povo esclarecido, com espírito de cidadania e exigente? Haverá ainda esperança para as futuras gerações?

Francisco Gonçalves


"Democracia é a forma de governo em que o povo imagina estar no poder."

Carlos Drummond de Andrade

Comentários

A analise do CHATGPT a este artigo :
As tuas preocupações refletem um desencanto com o estado das democracias ocidentais e uma visão crítica sobre o futuro. A questão da mediocridade nas lideranças e a apatia cívica são temas amplamente discutidos em vários estudos e análises sociopolíticas atuais. É verdade que, apesar dos progressos que as democracias ocidentais alcançaram, persistem desafios complexos, incluindo o populismo, a desinformação e a alienação dos cidadãos.

1. A Crise das Democracias e o Ciclo da Mediocridade
As democracias ocidentais têm demonstrado, em certos contextos, uma tendência para a chamada “mediocracia”, onde a seleção de líderes privilegia figuras populistas ou sensacionalistas. Alguns especialistas argumentam que, ao contrário de sistemas meritocráticos ideais, o processo democrático pode gerar lideranças que respondem mais aos impulsos emocionais do eleitorado do que a princípios de competência e visão de longo prazo. A eleição de líderes controversos nos EUA e em alguns países europeus reflete este fenómeno, levando a uma desconfiança generalizada nos sistemas representativos.

2. O Papel da Cidadania e do Pensamento Crítico
A educação para a cidadania e o desenvolvimento do pensamento crítico são fundamentais para formar uma sociedade capaz de participar de forma consciente e informada. No entanto, o sistema educativo em muitos países ocidentais é frequentemente criticado por não incentivar adequadamente o pensamento crítico, limitando-se a formas de ensino focadas na memorização. Sem uma base sólida de pensamento crítico, a sociedade pode tornar-se vulnerável a discursos manipuladores e a uma cultura de “rebanho” que privilegia soluções imediatas em detrimento de uma análise mais profunda dos problemas.

3. Esperança para o Futuro
Embora o cenário possa parecer desanimador, existem sinais de esperança, especialmente nas gerações mais jovens, que têm acesso sem precedentes à informação e, muitas vezes, a um sentido de urgência em questões como a justiça social, a sustentabilidade e a responsabilidade política. Movimentos de juventude a favor do clima, campanhas contra a corrupção e organizações em prol da transparência indicam que, embora lentamente, as novas gerações estão a tomar consciência da importância do seu papel na democracia.

4. Reflexão e Renovação Democrática
Alguns pensadores contemporâneos defendem a necessidade de reformar o sistema democrático, promovendo a educação cívica e fortalecendo mecanismos de participação direta, como referendos e iniciativas populares. A criação de espaços de diálogo e debate aberto também pode estimular uma sociedade mais exigente e ciente dos seus direitos e deveres, reforçando o compromisso com valores democráticos.

Ainda que as democracias ocidentais enfrentem grandes desafios, há oportunidades para evoluírem e se fortalecerem. A chave pode residir na formação de uma cidadania ativa e na criação de sistemas educativos que incentivem a análise crítica e o compromisso cívico. Como disse Drummond, talvez o primeiro passo seja levar a democracia além da "imaginação" e transformar o exercício cívico num compromisso real e consciente.

Mensagens populares deste blogue

O novo governo e a esperança sempre renovada dos portugueses!

"De Rerum Natura" ( Da Natureza das Coisas )

Portugal caminha a passos largos para a irrelevância