A falta de produtividade em Portugal é essencialmente uma questão ética e moral !

A baixa produtividade de que vem enfermando o país, é também um caso de grave indignidade e espelha o país onde a moral e a ética estão completamente ausentes, tal como a responsabilidade individual e de grupo, e a todos os níveis!

A busca da excelência e o comprometimento com elevados níveis de profissionalismo exige empenhamento sério, trabalho árduo, competência, criatividade, flexibilidade e capacidade crítica, entre outros factores, mas infelizmente em Portugal, estes não têm sido os valores perseguidos pelas empresas, pelos seus gestores e pelos cidadãos !


Ao invés, em Portugal ganham sempre o facilitismo, a permissividade, a mediania de resultados, a "mesmice" e sobretudo a ganância de obter posições conquistadas não por mérito, mas por "cunha" ou "amizade", ou seja ganha quem seguir o caminho mais fácil e ao alcance de qualquer "esperto", que esteja disposto a não observar os mínimos preceitos éticos ou morais.

E de tal forma esta completa ausência de princípios está a dar os seus frutos em Portugal, que já contribuiu também para nos atirar para a mais completa falência, que o é afinal de todo um sistema e de uma Nação, mas também consequência de uma enorme crise de valores, relativamente à forma de encarar o trabalho e as próprias relações laborais de forma pouco sã, e sem olhar sequer para novas metodologias que introduzam maior rigor, eficiência e eficácia !


E fiquem todos cientes, empresários, gestores, políticos, governantes e cidadãos, de que não é a trabalhar mais e mais horas que se constrói um país mais digno e justo, e se obtem maior produtividade e a competitividade necessárias para o país poder saír desta crise e criar mais riqueza. Mas sim a trabalhar menos horas e melhor, muito melhor, mas também essencialmente de forma inovadora e com criatividade, eliminando a mediocridade e o imobilismo, premiando sempre e apenas o mérito e a capacidade de quem é capaz de fazer sempre melhor e cada vez mais eficazmente, na senda da excelência !


"Promova os falhanços excelente e puna o imobilismo e os falhanços mediocres" Tom Peters!


Francisco Gonçalves in 11 April 2011

Comentários

Tite disse…
Totalmente de acordo.
Nenhum país cria riqueza sem considerar acima de tudo a produção nacional. Essa só ganhará relevância se for aposta de Empresários que invistam nos seus trabalhadores e lhes reconheçam o mérito. Para isso é igualmente necessário que os trabalhadores se deixem avaliar a cada etapa na conquista de reconhecimento do seu valor ao serviço da comunidade.
Depois... é absolutamente necessário que as Empresas não se encostem à sombra dos subsídios Governamentais pois os Governos têm outras responsabilidades como a Saúde e a Educação que não deve ser entregue, na minha opinião, aos Privados.

No final e para abreviar, a ética e a moral devem ter o peso máximo na realização deste paradigma. Para isso é absolutamente necessário que a Justiça funcione com isenção e celeridade.

Será isto possível no nosso país?

Para quem já esperou tanto tempo...
Sim, também estou de acordo. É importante que as pessoas percebam que produtividade não significa, necessariamente, mais horas de trabalho. Curiosamente, também já me tinha debruçado sobre este tema no meu blog, numa tentativa de transmitir às pessoas a importância dos sectores a que o país se dedica e do modelo económico.

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