A matéria-prima que temos para construir o País !
Os Portugueses persistem em ter pouca confiança em si próprios e em demonstrar uma pequenez de espírito e tacanhez, ambições pessoais mesquinhas, pessimismo, egoísmo e pouco ou nenhum empenho e dedicação naquilo que fazem, e sobretudo assente num comodismo e servilismo atrozes, e sempre no pressuposto de que os outros são sempre melhores e mais avançados que nós. E sobretudo de que não vale a pena lutar por nada, pois que tudo estará condenado ao fracasso.Pois deixem-me dizer-vos o verdadeiro fracasso somos nós próprios!
Essa era a explicação da raposa na fábula, que nos contavam os nossos antepassados, onde ela tentava chegar a uma cacho de uvas bem maduro, mas como acabava por não conseguir lá chegar, dizia "são verdes não prestam".
A cultura de organização e de inovação, se não existem criam-se como foram capazes os países que estão hoje bem mais avançados que nós. E alguns fizeram isso em tempo record.
As escolas e o sistema de ensino estão a formar cidadãos de forma desajustada, produz-se uma re-invenção no ensino! As empresas não estão a ser capazes de inovar, lança-se um programa mais vasto de verdadeira colaboração entre as empresas e as universidades, com as condições em que outros países já foram capazes. e estão a ser bem sucedidos!
E o que ainda não existe, pois que se invente!! E os cidadãos que se re-inventem também, se for preciso, todos os dias!
O grau de literacia, que continua a atrasar-nos pode elevar-se, assim nós como povo o queiramos, em vez de preguiçosamente irmos ver os jogos do Benfica, ou nos sentarmos confortavelmente no sofá todos os finais de tarde.
E sobretudo não esperemos que tudo nos chegue sem esforço e com iniciativas apenas dos outros, ou mesmo só do governo, porque isso é uma utopia!
Somos nós que temos que lutar por melhorar as nossas condições de vida, estudando, lendo, trabalhando, empreendendo e arriscando mais e com mais afinco e automotivação. Ninguém nunca irá conseguir substituir-se ao que a nós compete fazer.
Teremos que exigir que a governação do país seja rigorosa, honesta, eficaz, competente e transparente. Mas apenas isso, porque o restante trabalho de re-cconstruir o país, cabe-nos a nós todos portugueses e à nossa capacidade e iniciatiavas de mobilização individual e de grupo.
O problema não está só no país nem nos governantes e politicos corruptos, mas sim num povo mandrião, preguiçoso, avesso à mudança, comodista dos sete "costados", que não quer trabalhar, mas apenas um empregos.
Claro que faltam também lideranças, mas estas surgem quando um povo se lança a um empreendimento inovador e a necessidades e os desafios o impõem. Já diz o povo que é sábio "a ncessidade aguça o engenho".
Agora mais do mesmo não...
O tradicional "bota-a-baixo" com a mais vil crítica destrutiva, a inveja destrutiva, a incapacidade de colaborar com o colega do lado, o medo de ser ultrapassado, lamentações e choros, ... é tudo coisa de FFF (Fátima, Fado e Futebol), e passados 37 anos, é altura de nós portugueses já estarmos em idade adulta, e percebermos o que queremos para Portugal.
Está na hora de lançar mãos à obra e por isso lutar com vigor e determinação, pela construção de uma país melhor e mais justo!
E por último deixe-me dizer-lhe que só uma existência medíocre se desculpa do seu insucesso, culpando os outros. E "Impossível é quase sempre aquilo que nunca se tentou".
Francisco Gonçalves / 02 Abril 2011
francis.goncalves@gmail.com

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