A Mediocridade e a Esperteza: Reflexões sobre Portugal


Grandes e imensos foram sempre os portugueses ao longo da história, não porque fossem superiores ou mais dotados, mas porque sempre souberam pensar além da mediocridade nacional que nos puxa para baixo, impedindo-nos de avançar. Em vez de enfrentarmos as adversidades com coragem e a buscar nelas novas oportunidades, somos frequentemente tolhidos por elas. O comportamento geral dos portugueses, e em particular da classe governante, nos últimos 50 anos, não me deixa encantado em ser português.
É verdade que a nossa história é rica em grandes feitos e homens que se destacaram pelo seu empreendedorismo, ousadia e coragem, características que nos dão algum orgulho e alento. No entanto, o século XX, e o atual século XXI, têm sido marcados por uma mediocridade atroz, onde parece que cada um de nós aposta em ser pior do que o outro.

"Os homens que não demonstram mérito maior do que o conquistado por seus antepassados assemelham-se a batatas, das quais o melhor está escondido debaixo da terra." [Swift].

Portugal é, hoje, um país entregue à espertice saloia, que cresce como ervas daninhas em campos abandonados. Há décadas, o pensamento coletivo deste país baseia-se no "salve-se quem puder", enquanto a máfia lusitana e o compadrio, que remontam a tempos antigos, continuam a cavar a sepultura onde, lentamente, a nação irá jazer.

Como diz a canção de José Jorge Letria: "Aquilo que somos e que fizemos não chega para ser cantado."

Francisco Gonçalves, 30 de agosto de 2024

A Esperteza e a Falta de Futuro

Um povo que se firma na esperteza, em vez da inteligência, será sempre um povo miseravelmente governado, explorado e sem esperança de futuro.

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